Depois da maior desgraça da sua vida, Coelho Netto, como forçado das letras, tendo de escrever sem cessar para manter a subsistência da família, quando tomava lugar à mesa, para começar o trabalho diário, só trazia um pensamento: Falando ou escrevendo esquecem-me as expressões, faltam-me os termos. Só tu ficaste, tu só, tudo mais se esvaiu. E, procurando derivativo sua imensa desventura, fez da pena um rosário e desfiou em lágrimas, dia a dia, o Livro da Saudade